Dois verbos

Sabe quando a gente perde tempo demais nos importando com a opinião dos outros? Quando perdemos tempo demais guardando ódio, rancor, ranços, rusgas? Quando alimentamos por muito tempo nossas tristezas? Pois, é... Uma verdadeira perda de tempo.

Ser humano é um bicho difícil, aliás, ser humano é muito complicado. Possuímos a péssima mania de complicar coisas simples, de insistir mais em lágrimas que em sorrisos. Conseguimos facilmente proferir palavras que dilaceram peitos e amizades, mas somos extremamente tímidos em confessar amores e distribuir abraços. Somos forçados por nós mesmos a não demonstrar sentimentos, pelo menos, não os bons sentimentos. 

E assim, nessa marcha de não saber amar, deixamos que famílias se separem, amizades se desfaçam e que a distância e o tempo corroam corações. Corroam o que tudo poderia ter sido de bom, se não fosse um pequeno mal entendido, que cresceu e se transformou em um muro a separar pessoas, sonhos e sentimentos.

Amar não é fácil, perdoar menos ainda, recomeçar talvez seja ainda mais complicado. Mas é preciso tentar, é preciso repensar tudo, entender que amor está acima do orgulho e que nossas vidas são curtas demais para serem gastas em noites mal dormidas, em lágrimas desperdiçadas e palavras mal colocadas.

Perdoar e amar, são verbos que conjugamos pouco, mas são os verbos que nos fazem bem, que curam feridas profundas, que alimentam sonhos, que tornam a vida aquilo que ela nunca devia deixar de ser: BELA.