Madame Mensonge tudo sabe, tudo vê!
Estava ele sentado na cadeira, era a primeira vez que resolvia consultar uma cartomante. No anúncio dizia que “Madame Mensonge tudo sabe, tudo vê.”, e ele queria saber algumas coisas, não tudo pois ele não era assim tão curioso quanto ao que se passa na vida dos outros.
Vestida num belo vestido preto com rendas vermelhas, a mulher cujos longos cabelos negros terminavam por cobrir o sinuoso decote, sentou-se à sua frente e perguntou ao homem:
— Qual o se nome?
— Ué, dona?! — indagou ressabiado — a senhora tudo não sabe, tudo não vê? Como é que não sabe o meu nome?
— Com certeza, meu caro. Só queria que você respondesse para sermos menos formais. — Tentou, meio sem graça, justificar a situação.
— Então, qual é o meu nome?
— Pedro. — Respondeu, convicta!
— Óh! Você deve tá me confundindo com meu pai, ele era Pedro.
— E você?
— Eu não, mas como a gente se parece muito, eu vou te dar um bônus. Qual o meu nome?
— Carlos. — Respondeu novamente.
— Óh! Minha mãe queria me dar o nome de Carlos. Mas meu pai não deixou. Você deve tá conectada com a minha mãe, aí. Tenta de novo.
— Otávio.
— Conheci um Otávio na juventude, mas faz muito tempo que não o vejo.
— Mário.
— Não, mas tá esquentando.
— Marcos?
— Um tio-avô meu era Marcos, eu não. — Respondeu, pegando um papel do bolso, fazendo uns pequenos traços com a caneta e completou — No strep-forca, meu nome, sete letras, valendo!

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