Cartas para Onilda - O Fim
Saudações, mui querida amiga. Espero que esteja tudo bem, por cá as coisas andam boas também.
Escrevo para findar nossas divagações deste ano, afinal o ano em que estamos, que outrora novo foi, hoje se torna velho, como tantos outros que já vivemos, são coisas da vida.
O novo ano chega, e para muitos há um certo ar de negatividade, de insegurança e medo... Alguns outros chegam a chamar de "tempos sombrios"...
Mas penso eu cá com meus botões e percevejos, se nuvens negras se aproxima e se a noite parece ser tão eminente assim, não deveríamos nós sermos luzes? Sim! Nós sermos faróis, velas, lâmpadas, lamparinas, fósforos acesos, qualquer luz que ilumine e guie outros nos tais "tempos sombrios".
Parece loucura, e talvez o seja, mas ao invés de lamuriar e semear o medo, deveríamos ser fonte de coragem, de esperança, pois por mais forte que sejam os ventos, as borboletas jamais deixam de bater suas asas.
Vejo chegar ao fim um ano que alimentou as pessoas de desesperança, tristeza, desapego e grandes temores, e que deixa de legado para seu sucessor uma enorme cisma... Mas e as pequenas alegrias semeadas? Os grandes amores que surgiram? Os momentos de felicidade vividos? Não foram eles pequenos lampejos de luz em meio à escuridão? Não foram eles que fizeram este ano que valer a pena?
Não vejo o futuro como "tempos sombrios", vejo como um céu onde temos a oportunidade de acendermos estrelas, de acendermos novos faróis para iluminar pessoas. E mesmo que eu esteja remando contra a maré, que a maioria só tenha desesperanças em seu peito, eu carrego comigo uma pequena caixa de fósforos para acender fragmentos de felicidade, para iluminar caminhos.
O Novo Ano, como todos os que passaram, trará consigo alegrias, tristezas, amores, desamores, encontros e desencontros... Mas o que mais importa é o que NÓS estaremos dispostos a levarmos conosco quando o relógio mudar os nossos calendários, as alegrias que queremos proporcionar, os encontros que desejamos promover, os sonhos que queremos alimentar.
Acho que esta última carta do ano velho é sobre ESPERANÇA e AMOR! Pois para mim é o que significa os festejos do fim de cada ano, quando as pessoas (mesmo que aparentemente só de um modo comercial) se lembram de outros. Vejo com outros olhos estas festas, olhos que ninguém entende na verdade, só eu. Os pequenos fragmentos de bondade e desapego que demonstramos em todo findar de ano, nos prova somente que somos capazes de amar e superar desavenças, só deveríamos praticar mais "Natais" e "Anos Novos" por mais dias e meses ao longo do ano, e não aguardar dezembro. Todo ato de amor, sendo de amor verdadeiro, é válido para mim e espero que 2019 seja repleto deles.
Bem, prometo voltar a escrever em 2019, Tia Inês faz questão que eu lhe conte sobre causos e coisas que acontecem pelas bandas de cá.
Um Feliz Natal e um até breve!

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